nal e nas janellas das casas, afim de saudar os bravos paulistas que partiam. A 15 de Agosto chegou o "Princeza de Joinville" á Santa Catharina, do qual desembarcou o batalhão ás 5 horas. da tarde do dia 16, indo aquartelar na Praia de Fóra. Era o 7.o, segundo consenso geral, o mais luzido corpo que por alli havia passado. Foram todos, officiaes e praças, muito acarinhados, pelas autoridades e população da hospitaleira capital. A 25 desse mez aportou o "Princeza" ao Rio Grande. A viagem desse vapor não correu muito serena. Além do forte temporal que atropelou rudemente o navio, soffreram as praças os horrores da fome, motivada pela escassez de generos alimenticios a bordo. Já então a variola e o typho, cujos germens levaram de Santa Catharina, grassava de modo assustador, entre o pessoal do 7.o de voluntarios. Deixando os doentes mais graves em Rio Grande, reembarcou o batalhão com destino a Porto Alegre, no vapor inglez "Virago". Em 29 aquartelou na capital sulina. Continuava o batalhão, pelo seu brilho, disciplina e garbo, a causar a admiração geral. Foram os officiaes e praças elogiados em ordem do dia, pelo Visconde de Boa Vista, commandante da guarnição, o qual aconselhára aos outros corpos reunidos na capital, a que imitassem o batalhão paulista, na sua attitude militar e na sua perfeita ordem. Foi tambem elogiado, pelos serviços que prestou o pessoal, na extincção de um grande incendio. O orgulho e o espirito de corpo impelliam os paulistas, a timbrarem na collocação em destaque da tropa a que pertenciam. Assim grangeáram para o 7.o, honroso renome e bella reputação. Noticiando a formatura realisada, dizia o "Jornal do Commercio" de Porto Alegre: "Hontem, ás 10 horas da manhã, formou o 7.o batalhão de Voluntarios de S. Paulo na praça da matriz, para passar revista de mostra. Este batalhão, sempre que se forma, torna-se digno, e arranca elogios dos circumstantes pela firmeza de seu porte, pela presteza de seus movimentos, e pelo tom varonil e marcial que ressumbra "Honra pois ao snr. tenente-coronel Pinto Pacca e major Honra insigne coube ao 7.o, pela designação do quartel Foi emocionante o enthusiasmo com que o corpo recebeu, O batalhão, com seu passo cadenciado, desfilou até o mava constantemente. As tres descargas dadas por occasião do Té Deum, Demorou-se o batalhão em Porto Alegre, aprimorando Infelizmente essa demora foi fatal para grande parte do Falleceram, da horripilante molestia, 33 praças. Por oc- PARTIDA PARA CORRIENTES. No dia 7 de Ou- tubro o batalhão emprehendeu a marcha com destino a Mon- tevideu, afim de incorporar-se ao grosso do exercito, cuja vanguarda não perdia o contacto com o inimigo. Embarcara no vapor S. Paulo. Houve quem notasse, como signal de bom augurio, a coincidencia de ter o 7.o de S. Paulo, embarcado no vapor S. Paulo, no dia 7, que era o 7.o dia do mez e 7.o da semana. Desde a sahida do quartel, até chegar a ponte de embarque, marchou o batalhão sob uma chuva de flôres, arremessadas pelas familias, que das janellas assistiam o seu garboso desfilar. Além das praças hospitalisadas em Porto Alegre, ficaram em tratamento de variola, o reverendo capellão, alferes Padre Siqueira Andrade e o tenente Padua Franco. Em Montevideu foram recolhidos ao hospital, o alferes Aurora, atacado de variola e o tenente Joaquim Rodrigues, gravemente affe ctado de typho. Mais 41 praças baixaram ao hospital, tambem affectados dessas insidiosas molestias. No dia 19 de Novembro deixava o batalhão a capital do Uruguay, com destino a Corrientes, por Buenos Aires. Ao saberem da partida, os soldados que se achavam em tratamento no hospital militar, em numero de 150, quizeram forçar a guarda do estabelecimento para sahirem, afim de reunir-se ao batalhão. Quasi todos tiveram alta, só ficando os que não poderam se levantar. Acompanhado de grande massa popular, percorreu o batalhão algumas ruas da cidade, indo tomar o vapor Apa, ás 8 horas da tarde, o qual zarpou logo em seguida. No dia immediato fundeava em frente de Buenos Aires. Na madrugada de 22, nas aguas da capital portenha, soffreu o paquete em que se achava 7.o, um criminoso attentado. Assim narra o facto, um missivista que se achava a bordo na occasião: "Pelas duas horas da madrugada despertaram todos ao estampido de uma explosão de polvora. Foi indescriptivel a scena que se passou. A fumaça escureceu a camara e o porão, de modo que era impossivel reconhecer-se o lugar em que o fogo estava. O vapor conduzia todo o cartuxame do batalhão, e grande quantidade de polvora. |